De
fato, a importância da escrita é inegável, fazer o uso das palavras para expor
suas ideias ou simplesmente para desabafar sobre as desventuras do nosso
cotidiano faz muito bem. Estou cada vez mais adepto a essa prática que por
deveras vezes foi a razão das minhas alegrias. Hoje, utilizarei as palavras
para relatar um pouco do que aprendi em cada uma das disciplinas que cursei até
então no curso de Especialização em Informática Aplicada a Educação do IFFar
Campus Santo Augusto. Para tal, vou atribuir o título de “Diário da
Especialização” para todos os textos relacionados ao assunto, como este é o
primeiro deles chamarei de Volume 1. Pois bem, sem mais delongas vamos começar.
Ambientes Virtuais de Aprendizagem e
Internet
Nesta
disciplina foram trabalhados conceitos sobre AVA (Ambiente Virtual de
Aprendizagem) e suas potencialidades no ensino, especialmente no Ead, onde nos
deparamos com uma modalidade de ensino onde a aprendizagem ocorre de forma
diferente, conhecemos as peculiaridades dos professores e tutores que atuam
nessa área, além de traçar um perfil do aluno da educação a distância e
entender quais seus anseios e necessidades na utilização do AVA. A disciplina
foi uma oportunidade para conhecer e explorar os recursos do Moodle, plataforma
utilizada nos cursos a distância do IFFar, lá é possível desenvolver
questionários, criar fóruns de discussão e outras atividades que visam
facilitar o aprendizado do aluno e o processo de avaliação por parte do
professor. Trabalhamos também o conceito de REA (Recursos Educacionais Abertos)
que são materiais com finalidades pedagógicas que estão sob o domínio público
ou que possuam uma licença aberta e que podem ser utilizados, modificados e distribuídos.
Utilizando a temática dos REA, exploramos as licenças Creative Commons que fornecem uma série de requisitos para
utilização, reutilização e distribuição do conteúdo disponibilizado na rede.
Para finalizar a disciplina foram criados alguns recursos educacionais abertos
onde cada um deles foi licenciado utilizando as licenças Creative Commons.
Concluindo,
a disciplina proporcionou a reflexão sobre Ead e os recursos utilizados nesta
modalidade de ensino. Neste sentido, vale ressaltar a presença do conceito de
sala de aula invertida e de como sua utilização pode potencializar o Ead.
Fundamentos em Mapas Conceituais
Nesta
disciplina, exploramos a criação de mapas conceituais para potencializar a
aprendizagem e dinamizar a socialização do conhecimento. Para isso, realizamos
o estudo do artigo “Termo, conceito e relações conceituais: um estudo das
propostas de Dahlberg e Hjorland” que aborda o tratamento da informação
considerando a visão positivista e pragmatista e suas implicações na
representação do conhecimento. Posteriormente, utilizamos a ferramenta
CmapTools para construção de mapas conceituais sobre o conteúdo do texto.
Concluindo,
a disciplina proporcionou uma reflexão abrangente sobre como representar a informação
e o conhecimento construído através dela.
Introdução a Informática e Software
Livre
Nesta
disciplina, debatemos sobre as diferenças entre software livre e software
proprietário, apontando as funcionalidades de cada um e as políticas de uso utilizadas
por cada um deles. Tivemos a oportunidade de conhecer distribuições Linux
através da execução das mesmas em máquinas virtuais e com isso explorar o
potencial de utilização das mesmas na educação.
Enfim,
pensar sobre software livre na educação é buscar formas de trabalhar com uma
tecnologia que prega a liberdade do usuário que por sua vez pode ajudar a
melhorá-la, não é uma tarefa fácil mas à medida que as iniciativas com o uso do
SL crescem desmistificamos a ideia de que apenas usuários experientes podem
aderir ao software livre e que o mesmo oferece oportunidades a todos desde que
tenham interesse.
Internet e Aplicações na Nuvem
Nesta
disciplina, aprendemos conceitos sobre computação na nuvem e as possibilidades
da sua utilização na educação. A ideia de “está tudo na nuvem é só buscar e
utilizar” é um dos destaques da disciplina já que realizamos pesquisas e
testamos diversas ferramentas com potencial pedagógico. Dentre as ferramentas
apresentadas no seminário final estão:
Concluindo,
a disciplina ressalta a importância de buscar novas formas de ensinar e
integrar as tecnologias a sala de aula, tornando a aula um espaço onde os jovens
vejam que a tecnologia não é apenas entretenimento.
Educação e Redes Sociais
Nesta
disciplina revemos o conceito de educação e refletimos sobre a utilização das
redes sociais na educação (Como? Quando? Por quê?), além de tratarmos sobre as
imagens do conhecimento, além da exploração de diversas redes sociais para
observar seu potencial pedagógico. Posteriormente, debatemos sobre as
Comunidade de Prática (CdP), explorando seu potencial na educação
proporcionando um desenvolvimento profissional do docente e de todos os
envolvidos. Após a leitura dos artigos “Comunidades virtuais de prática: um
espaço para formação permanente de professores” e “Dos ambientes de
aprendizagem às comunidades de prática” destaco algumas afirmações pertinentes
ao tema que refletem os professores integrantes das CdP e os requisitos para
que as comunidades funcionem:
·
Comunidades de prática são espaço onde um
grupo de pessoas tem um interesse em comum e aprendem sobre ele através de
interações e troca de informações;
·
SOMENTE professores inquietos, que
pesquisam e refletem sua prática podem criar metodologias que envolvam os
alunos;
·
Em uma era de conexão e abundância de
conhecimentos a abordagem instrucionista dos AVA não atende mais as demandas
propostas;
·
O tratamento da informação e a forma de
interação e comunicação dos sujeitos das comunidades influencia diretamente no
modo pelo qual o conhecimento será construído e socializado;
·
A CdP necessita de pessoas comprometidas em
estabelecer relações e primar pelas melhores práticas.
Enfim,
o estudo das redes sociais e das CdP forneceu subsídios para que uma comunidade
acerca da realidade de cada um pudesse ser pensada para potencializar os processos
educativos que ocorrem naquele espaço promovendo a construção do conhecimento e
mais que isso, aprendizagem social.
Considerações finais
Para
encerrar esse primeiro relato, quero deixar um trecho que escrevi e que se
aplica as disciplinas do curso de especialização e também a todo nosso
aprendizado enquanto sujeitos na sociedade. “Não há produção de conhecimento sem
conexão/interação. A troca de informações continua sendo a melhor forma de
aprender, pois a interação constante dos sujeitos que compartilham seus
conhecimentos e refletem sobre suas práticas, fornece subsídios para que os
envolvidos no processo tenham as mesmas condições de aprendizagem, fazendo com
que todos aprendam mais e aprendam sempre. (J.A.W.).”
Até a próxima. Abraços!