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sábado, 14 de outubro de 2017

SOBRE SER PROFESSOR...

Eu poderia ter escolhido ser apenas alguém que gosta de informática e trabalha com isso ou ter optado por seguir em qualquer outra profissão, mas não. Nem sempre pensei assim, não nasci com essa ideia na cabeça até porque ninguém nasce pronto. Entre as intempéries da vida universitária encontrei essa profissão, e com certeza foi a melhor coisa que poderia ter acontecido. Viver experiências em diferentes níveis de ensino e acabar vislumbrado nas séries iniciais ensino fundamental. Não é nada fácil, nem todos os dias são agradáveis, mas a soma de alguns bons momentos proporciona uma felicidade sem tamanho e, apesar dessa felicidade ser passageira temos em mãos a oportunidade de viver momentos únicos todos os dias. O abraço das crianças, aqueles bilhetes com um “Prof. muito obrigado”, os momentos de descontração e até mesmo a lembrança daqueles dias que não deram certo, tudo enriquece nossa bagagem e nos brinda com sabedoria.
            No fim das contas você pode até reclamar do salário, das condições de trabalho, mas nenhuma dessas queixas vai reduzir sua responsabilidade sobre seus aprendizes, devemos fazer o melhor com aquilo que temos no momento e acima de tudo amar o que fazemos. Que eu possa continuar fazendo o melhor possível por aqueles que me fazem sorrir, os alunos e que eu tenha cada vez mais orgulho em dizer: Eu amo o que eu faço!

Parabéns professores!

sexta-feira, 16 de junho de 2017

Sobre Nativos e Imigrantes Digitais

                          
O texto a seguir é uma reflexão sobre o artigo “Nativos e Imigrantes Digitais em Questão: crianças e competências midiáticas na escola” da autora Monica Fantin (UFSC) que discute os novos espaços de interação e as novas formas de aprendizado dos jovens que vivem em uma sociedade imersa nas tecnologias digitais.
Para discutir sobre a temática é preciso entender o termo “nativos e imigrantes digitais” criado por Prensky (2001, p. 1), que define os nativos como as crianças que nascem em mundo marcado pela presença das tecnologias digitais que influenciam na maneira como as crianças aprendem e se relacionam com os demais. Os imigrantes por sua vez nasceram antes do advento das tecnologias e um de seus desafios é adaptar-se e usufruir das novas ferramentas tecnológicas. Vale ressaltar que nascer na era digital não garante aos jovens o domínio da tecnologia, visto que, sua habilidade de acessar redes sociais e utilizar aplicativos em dispositivos móveis não caracteriza uma habilidade cognitiva que indica que os mesmos aprendem e constroem mais conhecimento com essas ferramentas, vários professores relatam que a invasão das tecnologias em sala de aula causa redução na produtividade dos discentes, tira o foco das temáticas abordadas pelo professor, pois é “difícil dar atenção exclusiva a qualquer coisa ou a qualquer um: muitas telas nos envolvem, somos protagonistas de muitos circuitos comunicativos paralelos.” (FANTIN; RIVOLTELLA, 2012, p. 92).
Entende-se que há uma confusão entre habilidade de uso e consciência crítica e segundo Rivoltella (2013) “enquanto a prática se aprende sozinho a linguagem tem que ser ensinada” valorizando neste sentido a presença do professor no processo de ensino e cabe a ele mediar novas práticas pedagógicas que envolvam as mídias digitais, motivando assim os jovens e diminuindo a distância que existe entre os conteúdos e a realidade em que vivem proporcionando um aprendizado mais significativo no que diz respeito ao desenvolvimento de novas habilidades cognitivas considerando as mutações sofridas por eles pela imersão constante às tecnologias.
No entanto, é preciso levar em consideração a colocação de Pinto (2009, p. 187) que afirma “não é por nós produzirmos muito que somos mais críticos e nos comunicamos melhor”, despertar um tipo de atenção simultânea que contemple todas as tarefas desenvolvidas é uma habilidade que exige mais do que o entrosamento com a tecnologia que os jovens possuem, faz-se necessário pensar novas práticas para que as competências midiáticas sejam desenvolvidas pelas novas crianças e potencializem as práticas docentes aperfeiçoando as ações realizadas por ambos enquanto se relacionam na sociedade digital.
Enfim, a disseminação da cultura digital é imprescindível, pois vivemos em novos tempos onde nadar contra a corrente ou confrontar a tecnologia como algo negativo é um retrocesso que a longo prazo pode gerar conflitos geracionais desnecessários que poderiam ser facilmente dissolvidos com práticas que valorizem e explorem o potencial da infinidade de recursos digitais presentes em nosso meio.
Referências
FANTIN, Monica; RIVOLTELLA, Pier Cesare. (2012). Cultura digital e formação de professores: usos da mídia, práticas culturais e desafios educativos. In FANTIN, M; RIVOLTELLA, P.C (orgs). Cultura digital e escola: pesquisa e formação de professores. Campinas, Papirus, 2012, p.95-146.

FANTIN, Monica. “Nativos e imigrantes digitais” em questão: crianças e competências midiáticas na escola. Passagens 7.1 (2016): 5-26.

PINTO, Manuel. (2009). Uma orientação ecológica na abordagem das novas mídias. Entrevista com Monica Fantin. In Perspectiva, v.27, n.1, p.181-192.

PRENSKY, Mark. (2001). Digital Natives, Digital Immigrants. On the Horizon, Bradford, v. 9, n. 5.

RIVOLTELLA, Pier Cesare (2013). Fare Didattica con gli EAS. Episodi di Apprendimento Situati. Brescia: La Scuola.



domingo, 4 de junho de 2017

Diário da Pós-Graduação Vol. 1


De fato, a importância da escrita é inegável, fazer o uso das palavras para expor suas ideias ou simplesmente para desabafar sobre as desventuras do nosso cotidiano faz muito bem. Estou cada vez mais adepto a essa prática que por deveras vezes foi a razão das minhas alegrias. Hoje, utilizarei as palavras para relatar um pouco do que aprendi em cada uma das disciplinas que cursei até então no curso de Especialização em Informática Aplicada a Educação do IFFar Campus Santo Augusto. Para tal, vou atribuir o título de “Diário da Especialização” para todos os textos relacionados ao assunto, como este é o primeiro deles chamarei de Volume 1. Pois bem, sem mais delongas vamos começar.

Ambientes Virtuais de Aprendizagem e Internet
Nesta disciplina foram trabalhados conceitos sobre AVA (Ambiente Virtual de Aprendizagem) e suas potencialidades no ensino, especialmente no Ead, onde nos deparamos com uma modalidade de ensino onde a aprendizagem ocorre de forma diferente, conhecemos as peculiaridades dos professores e tutores que atuam nessa área, além de traçar um perfil do aluno da educação a distância e entender quais seus anseios e necessidades na utilização do AVA. A disciplina foi uma oportunidade para conhecer e explorar os recursos do Moodle, plataforma utilizada nos cursos a distância do IFFar, lá é possível desenvolver questionários, criar fóruns de discussão e outras atividades que visam facilitar o aprendizado do aluno e o processo de avaliação por parte do professor. Trabalhamos também o conceito de REA (Recursos Educacionais Abertos) que são materiais com finalidades pedagógicas que estão sob o domínio público ou que possuam uma licença aberta e que podem ser utilizados, modificados e distribuídos. Utilizando a temática dos REA, exploramos as licenças Creative Commons que fornecem uma série de requisitos para utilização, reutilização e distribuição do conteúdo disponibilizado na rede. Para finalizar a disciplina foram criados alguns recursos educacionais abertos onde cada um deles foi licenciado utilizando as licenças Creative Commons.
Concluindo, a disciplina proporcionou a reflexão sobre Ead e os recursos utilizados nesta modalidade de ensino. Neste sentido, vale ressaltar a presença do conceito de sala de aula invertida e de como sua utilização pode potencializar o Ead.

Fundamentos em Mapas Conceituais
Nesta disciplina, exploramos a criação de mapas conceituais para potencializar a aprendizagem e dinamizar a socialização do conhecimento. Para isso, realizamos o estudo do artigo “Termo, conceito e relações conceituais: um estudo das propostas de Dahlberg e Hjorland” que aborda o tratamento da informação considerando a visão positivista e pragmatista e suas implicações na representação do conhecimento. Posteriormente, utilizamos a ferramenta CmapTools para construção de mapas conceituais sobre o conteúdo do texto.
Concluindo, a disciplina proporcionou uma reflexão abrangente sobre como representar a informação e o conhecimento construído através dela.

Introdução a Informática e Software Livre
Nesta disciplina, debatemos sobre as diferenças entre software livre e software proprietário, apontando as funcionalidades de cada um e as políticas de uso utilizadas por cada um deles. Tivemos a oportunidade de conhecer distribuições Linux através da execução das mesmas em máquinas virtuais e com isso explorar o potencial de utilização das mesmas na educação.
Enfim, pensar sobre software livre na educação é buscar formas de trabalhar com uma tecnologia que prega a liberdade do usuário que por sua vez pode ajudar a melhorá-la, não é uma tarefa fácil mas à medida que as iniciativas com o uso do SL crescem desmistificamos a ideia de que apenas usuários experientes podem aderir ao software livre e que o mesmo oferece oportunidades a todos desde que tenham interesse.

Internet e Aplicações na Nuvem
Nesta disciplina, aprendemos conceitos sobre computação na nuvem e as possibilidades da sua utilização na educação. A ideia de “está tudo na nuvem é só buscar e utilizar” é um dos destaques da disciplina já que realizamos pesquisas e testamos diversas ferramentas com potencial pedagógico. Dentre as ferramentas apresentadas no seminário final estão:
·         Pixton (https://www.pixton.com/);
·         Calaméo (https://pt.calameo.com/);
·         Nearpod (https://nearpod.com/);
·         TimeToast (https://www.timetoast.com/);
·         GoConqr (https://www.goconqr.com/pt-BR/);
·         PowToon (https://www.powtoon.com/);
·         Mindmeister (https://www.mindmeister.com/pt/);
·         Snapchat (https://www.snapchat.com/l/pt-br/);
·         ToonDoo (http://www.toondoo.com/).
Concluindo, a disciplina ressalta a importância de buscar novas formas de ensinar e integrar as tecnologias a sala de aula, tornando a aula um espaço onde os jovens vejam que a tecnologia não é apenas entretenimento.

Educação e Redes Sociais
Nesta disciplina revemos o conceito de educação e refletimos sobre a utilização das redes sociais na educação (Como? Quando? Por quê?), além de tratarmos sobre as imagens do conhecimento, além da exploração de diversas redes sociais para observar seu potencial pedagógico. Posteriormente, debatemos sobre as Comunidade de Prática (CdP), explorando seu potencial na educação proporcionando um desenvolvimento profissional do docente e de todos os envolvidos. Após a leitura dos artigos “Comunidades virtuais de prática: um espaço para formação permanente de professores” e “Dos ambientes de aprendizagem às comunidades de prática” destaco algumas afirmações pertinentes ao tema que refletem os professores integrantes das CdP e os requisitos para que as comunidades funcionem:
·         Comunidades de prática são espaço onde um grupo de pessoas tem um interesse em comum e aprendem sobre ele através de interações e troca de informações;
·         SOMENTE professores inquietos, que pesquisam e refletem sua prática podem criar metodologias que envolvam os alunos;
·         Em uma era de conexão e abundância de conhecimentos a abordagem instrucionista dos AVA não atende mais as demandas propostas;
·         O tratamento da informação e a forma de interação e comunicação dos sujeitos das comunidades influencia diretamente no modo pelo qual o conhecimento será construído e socializado;
·         A CdP necessita de pessoas comprometidas em estabelecer relações e primar pelas melhores práticas.
Enfim, o estudo das redes sociais e das CdP forneceu subsídios para que uma comunidade acerca da realidade de cada um pudesse ser pensada para potencializar os processos educativos que ocorrem naquele espaço promovendo a construção do conhecimento e mais que isso, aprendizagem social.
Considerações finais
        Para encerrar esse primeiro relato, quero deixar um trecho que escrevi e que se aplica as disciplinas do curso de especialização e também a todo nosso aprendizado enquanto sujeitos na sociedade. Não há produção de conhecimento sem conexão/interação. A troca de informações continua sendo a melhor forma de aprender, pois a interação constante dos sujeitos que compartilham seus conhecimentos e refletem sobre suas práticas, fornece subsídios para que os envolvidos no processo tenham as mesmas condições de aprendizagem, fazendo com que todos aprendam mais e aprendam sempre. (J.A.W.).”

Até a próxima. Abraços!


segunda-feira, 13 de março de 2017

Da formatura até os dias atuais...

   Olá, depois de meses sem nenhuma postagem resolvi iniciar novamente o processo de escrita nesse ambiente, pois acredito que as reflexões nesse espaço irão contribuir e muito para minha caminhada daqui pra frente. Passado o momento da formatura várias sensações inundaram minha mente, a procura por emprego, o anseio por continuar os estudos e enfim chegar ao exercício da carreira dos sonhos martelavam minha cabeça todos os dias, mas no fim as coisas foram se ajeitando. 
  Formado, na busca por trabalho encontrei um oportunidade temporária em uma Escola Particular, foram alguns meses bem estranhos até me acostumar com a ideia de me dedicar apenas ao trabalho e conviver com a saudade da graduação e dos momentos nostálgicos e felizes a cada apresentação de seminário e trabalho em grupo, além de meus dias fantásticos como bolsista do PIBID que me ensinaram a ter responsabilidade, disciplina e principalmente comprometimento e determinação para executar as tarefas que me fossem propostas. Passado esse episódio voltei a morar com meus pais e comecei a trabalhar em um Tabelionato e confesso, a cada Escritura e Procuração redigida a saudade pelos artigos científicos só aumentava, mas não desanimei (apesar das circunstâncias), fiquei meses na espera para que me chamassem para assumir o concurso como Monitor em Santo Augusto até que em 27/06/2016, isso aconteceu (fiz uma postagem sobre isso anteriormente para expressar minha alegria). 
   A partir daí, passei a trabalhar na E.M.E.F. Sol Nascente como Monitor de Escola, sei que não era como Professor de Informática, mas se fosse diferente não teria aprendido tanto. Chegando lá, conheci pessoas incríveis, além de voltar a interagir com alunos, que é o que mais me instiga, passei a aprender um infinidade de coisas práticas e até rever alguns conceitos e valores. 
   Fiquei na Escola até o início das férias (mal sabia eu que seria surpreendido). Terminadas as férias em fevereiro de 2017 retornei para a Escola e recebi a notícia de que trabalharia um tempo na creche até que novos monitores fossem contratados, confesso que na hora fiquei espantado com o ocorrido, mesmo assim fui conferir o que me aguardava. Minha primeira impressão foi bem nebulosa, visto que, ao entrar lá o som que eu ouvia era o choro das crianças, mas isso acabou passando e aos poucos me adaptei a rotina, as tarefas e principalmente as crianças. Certamente muito daquele espaço me marcou sem contar que lá também trabalhavam pessoas maravilhosas, apesar disso ainda sentia falta de minha antiga escola e de tudo que havia nela.
  Como nem tudo é pra sempre, o dia de regressar chegou e retornei entusiasmado para a Escola que gosto tanto e vejam que coincidência, justo no meu 1º dia de aula do Curso de Especialização em Informática Aplicada a Educação do IFFar Campus Santo Augusto (é, demorou um pouco, mas a oportunidade que eu esperava apareceu) o que me trouxe felicidade em dobro, porque além de rever meus professores, reencontrei colegas e amigos queridos da graduação o que me motiva ainda mais nessa nova jornada. 
   Enfim, as ideias para minha pesquisa (quero tentar algo como o ensino da computação utilizando redes sociais e todos os meios possíveis aos quais os alunos tem acesso, mas só utilizam para fins de lazer) não param de surgir e tenho certeza de que esse é só mais um dos passos para alcançar meu objetivo máximo (será que alguém sabe qual é?) e continuar fazendo o que me faz bem, estudar.