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quarta-feira, 22 de julho de 2015

Sobre mim...

   Aproveitando as férias, fazendo algumas leituras e ouvindo minhas músicas preferidas resolvi refletir sobre o quanto minha personalidade pode influenciar no meu perfil docente.
   Percebi que as circunstâncias são outras mas os reflexos são praticamente os mesmos. Gosto muito de poesias, porque elas mostram o que de mais belo e trágico acontece com os sujeitos. A linguagem empregada nas poesias traz uma essência com múltiplas expressões que explicam de maneira única acontecimentos cotidianos. No ambiente escolar, não é diferente, observo atentamente cada olhar, cada inquietação despertada pelos alunos, me comove de forma singular, a prática docente necessita disso assim como nossa vida, nunca limite seus alunos baseando-se em sua própria capacidade, antes de promover a construção de um conhecimento esteja ciente de que nem todos estarão na mesma sintonia, porque a partir do momento que o alunos se auto conscientizarem de que não querem aprender aquilo, de que realmente não lhes é útil aquela habilidade, não irão motivar-se com esse aprendizado, neste sentido cabe ao docente utilizar estratégias que torne a colaboração de todos algo palpável. 
- Mas e ai, o que isso tem a ver com a poesia afinal?
   No meu ponto de vista quase tudo, a capacidade de interpretar e desvendar o sentido de um poema é a mesma capacidade que você deve utilizar para compreender os alunos.
Porque?
   Só a sensibilidade que você emprega nessa prática é capaz de revelar as especificidades de cada um dos sujeitos que estão envolvidos nas suas atividades, determinar o que cada um quer vai te dizer o que se pode fazer com os recursos que você dispõe.
- Tá, até ai podemos dizer que está tudo certo mas e o que minhas músicas favoritas tem a ver com minha prática docente?
   Pois bem, vamos esclarecer essa  história, para tal vou utilizar meu gosto musical e meu ídolo e minha banda favorita para falar sobre isso. Meu ídolo, é nada mais nada menos que Humberto Gessinger, o vocalista da minha banda favorita, Engenheiros do Hawaii. Mas, Humberto não é apenas meu ídolo no ramo musical, sua forma de expressão, seu modo de pensar, a complexidade de suas composições e os sentidos agregados a elas refletem e muito na minha personalidade docente. Não se trata de uma motivação pessoal ou profissional para que minhas experiências em sala de aula sejam possíveis, a questão é que assim como na vida de muita gente, as músicas de Humberto explicam exatamente o que acontece no seu dia a dia de maneira louvável, nos momentos que vivi como professor não foi diferente. Cada melodia, explica uma situação que ocorreu em sala de aula, seja o trinfo em explicar uma atividade ou a impotência em atuar em determinada situação, cada um desses fatos faz parte dessa profissão mas nenhum desses momentos precisa ser motivo de frustração, a música não é apenas aquela equação sonora que agrada sua audição e provoca uma sensação de bem estar em todo seu corpo, a verdadeira fórmula da música é a complexidade e o sentido de sua composição, é a possibilidade de (re)significar o sentido trazido por essa composição é o que torna a melodia esplendorosa. Isso tudo quer dizer que utilizar-se de si mesmo , de sua própria personalidade é a melhor forma de motivar-se, carecemos explorar o melhor de cada um de nós como pessoas para tornarmo-nos profissionais ainda melhores.
   Enfim, vejo nessas palavras uma forma de falar como me sinto, como torno a prática docente algo prazeroso, isso tem que fazer parte da pessoa que és. De nada te adianta escrever um artigo bem elaborado, com consistência técnica impecável se você não sentir-se com vontade de realizar tal feito, é preciso dar sentido a cada uma de nossas ações, hoje mais do que nunca, visto que a evolução da sociedade, dá ao mecanicismo e ao automatismo uma importância surreal, fazendo com que o ser humano se esqueça da simplicidade das coisas ao seu redor e a beleza de cada processo que torna essas coisas especiais.

Ver a vida com mais poesia, 
entender as coisas como quem entende uma composição,
cantar sua música preferida em alto e bom som,
não é nenhuma loucura, é humanização,
seja na sua vida ou na sua profissão!

João Aloísio Winck

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